"O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado."
( Mário Quintana )

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O meu Cristo partido


Dados técnicos:
Autor - Ramon Cué
Editora - Editorial Perpétuo Socorro
Número de páginas - 140

Dados da leitura:
Data inicio da leitura - 18.10.2010
Data termino da leitura - 19.12.2010 ( Dias que li - Outubro: 18/19/20/21 - Novembro: 16/28/30 - Dezembro: 01/06/08/09/10/12/19 )
Tempo total de leitura - 427 minutos ( 7hs e 7 minutos )
Média de tempo por dia - 30 minutos


Quem me emprestou este livro foi a minha sogra, o exemplar é antiquíssimo: na contracapa está anotado o nome dela e o ano 1971.
Quando ela me emprestou, ao ler a capa e o prólogo, não me entusiasmei muito, pois o considerei religioso demais, católico demais.
Minha sogra então disse com tanto carinho sobre a história que me convenceu a ler.

Achei a leitura um pouquinho difícil e cansativa, não apenas porque o livro foi escrito em português ( Portugal ) e, por consequência disso, haver palavras e expressões que nunca tinha ouvido falar, mas o que pegou mesmo foi o fato de ter sido escrito de uma maneira um tanto quanto formal, demorando então para que eu pegasse gosto e a leitura fluísse. 

Comecei a gostar da história quando já estava na metade do livro, e embora talvez seja mais interessante para um leitor católico, achei bem bacana as mensagens que ele passa, pois servem para a vida de qualquer pessoa independente da religião.

O protagonista da história é o Cristo partido que foi comprado por um padre num mercado popular. Ele bem intencionado, gostaria que seu Cristo fosse restaurado, mas este convence o padre para deixá-lo continuar partido. A conversa entre os dois é interessante, e os motivos para que não queira ser restaurado, inclusive continuar sem o desenho da face, são comoventes e nos fazem pensar a respeito, principalmente no final quando fala sobre inimigos...
Cada parte do corpo de Cristo carrega um significado.

A leitura deste livro vale a pena por causa das mensagens que passa. Sempre quando terminava de ler algum trecho, fazia uma análise e encaixava em situações que vivi.


Frases marcantes: 

"Desde aquela noite sei que em cada irmão palpita vivo um 'Cristo partido' de carne."

"Não podemos dar um passo na vida sem tropeçar na mão direita de Cristo..."

"Porque, efectivamente, não se pode dar um passo pelo mundo sem tropeçar, sem pisar uma cruz."

"Exigimos sempre de Deus uma prova diferente da que nos dá."