Uma vida inventada - Memórias trocadas e outras histórias

Dados técnicos:

Autora - Maitê Proença
Editora - Agir
Número de páginas - 214

Dados da leitura:

Data início da leitura - 01.02.10
Data termino da leitura - 03.03.10
( Observação - Não o li nestes dias: 06/10/13/14/21/24/25/26/28 e 01.03 )
Tempo total de leitura - 896 minutos ( 14 horas e 56 minutos )
Média de tempo por dia - aproximadamente 42 minutos

Ganhei este livro de presente da minha sogra no meu aniversário, em 2008. Demorei para pegar para ler, nem sei bem o motivo, talvez pelo fato de ter encontrado com a autora em uma feira literária e a mesma, ter me tratado com indiferença. Então por mais de uma vez, peguei o livro, mas assim que o abria, lembrava da cena e me desestimulava a dar o ponto de partida na leitura.

Mas após ler as primeiras páginas, percebi que não conseguiria parar mais, pois o relato é muito envolvente. Embora este livro tenha um pouco mais de duzentas páginas, as letras estão em uma fonte ideal e a escrita é de uma maneira que faz a leitura fluir, havendo inclusive espaços grandes sem texto entre um capítulo e outro, bom para que o leitor consiga "respirar" um pouco.

Sinceramente, não é o tipo de biografia que eu gosto, na verdade, não sei se podemos considerá-lo como tal quando até o título sugere que seja uma história fictícia. Há muitas partes que me fizeram perguntar: "Será que isso realmente aconteceu? Será que é verdade?", acaba sendo um jogo instigante e, sendo verdade ou não, me fez refletir. Ou rir.

Mas há partes que não tem como ter dúvidas sobre a veracidade, como por exemplo, em relação ao drama que ela enfrentou na família. Durante este relato, me coloquei no lugar, consegui sentir toda a dor, chorei. Por fim, a admirei por ter tido tanta força para superar a situação.

Gostei muito dos relatos sobre as viagens realizadas por ela. Fiquei com vontade de passar alguns dias no Centro Espiritual do Osho, de beber a ayahuasca e de ler o livro A louca da casa, de Rosa Montero.

Enfim, foi uma leitura prazerosa.


Frases marcantes:

"A virtude não está em não ter as deficiências, mas em querer domesticá-las..."

"Nada alivia tanto quanto o entendimento minucioso dos fatos que levaram a uma dor - como em tudo, só o conhecimento traz a cura."

"Não há nada mais primário e mesquinho do que enxergar os atos alheios pelo ângulo exclusivo da acusação."

"... Devemos viver no ócio, ou optar por sua negação, o neg-ócio?"

"A gente cai, levanta, uns seguem de perna quebrada, outros de miolo mole, e muitos sem coração. Mas cada um vai como pode."